The Town 2025: O que deu certo e o que deu errado na segunda edição do festival em São Paulo?

  • 15/09/2025
(Foto: Reprodução)
Roberta Medina responde dúvidas sobre estrutura do The Town A segunda edição do festival The Town terminou neste domingo (13), em São Paulo. Em cinco dias divididos em duas semanas de evento, mais de 400 mil ingressos foram vendidos para o evento no Autódromo de Interlagos. Travis Scott, Green Day, Backstreet Boys, Mariah Carey e Katy Perry foram as atrações principais. Abaixo, o g1 lista o que deu certo e o que deu errado no festival irmão mais novo do Rock in Rio, que volta a acontecer em 2026. A edição de 2027 do The Town, por sua vez, também está confirmada. Os eventos acontecem uma vez a cada dois anos. No vídeo do topo, Roberta Medina, principal executiva do The Town, responde as principais dúvidas de fãs do festival. O que deu certo Parque de diversões consolidado Já virou clichê afirmar que Rock in Rio e The Town não são apenas um festival de música. Sim, eles são também um parque de diversões com brinquedos como montanha russa, tirolesa e megadrop. A maioria do público dá sinais de aprovar a diversidade de atrações nada musicais. Filas de brinde sem atrapalhar circulação As filas para ganhar brindes foram um sucesso. É possível curtir só os shows e tentar escapar dessas muvucas em ativações de marcas? Claro. Mas muita gente gosta de participar de dinâmicas e ganhar mimos. Diferentemente da primeira edição, desta vez a disposição dos estandes e dos palcos não atrapalhou a movimentação das pessoas. Antes, todos passaram por perrengues e apertos. Desta vez, não foi preciso se espremer para desviar das filas em ativações de marcas. Dias do trap e do rock O primeiro fim de semana recebeu os dois dias com mais público e com alguns dos melhores shows desta edição. Único dia com os 100 mil ingressos esgotados, o sábado (6) foi dominado por um público jovem uniformizado com os "óculos do Travis Scott", headliner do primeiro dia. Foi o auge de um dia de batidas graves, vozes distorcidas e letras sobre os vários prazeres da vida, como é comum nesse sub estilo do rap. O dia do rock também foi um acerto, principalmente pelos ótimos shows de Green Day e Iggy Pop. Banheiros quase sem filas Fãs reclamaram que alguns banheiros sem papel higiênico. No geral, porém, os sanitários estavam limpos e sem superlotação. Havia visores que mostram qual era a porcentagem de ocupação de cada banheiro e a maioria não teve filas. Embora a organização tenha afirmado ter uma avaliação de 9.2 de 10 para os banheiros e uma grande equipe dedicada à limpeza, reconheceu as críticas pontuais e a importância de sempre melhorar. Muitas opções de comida Ranking de comidas do The Town A gastronomia no The Town conquistou o público do evento. Entre as opções do cardápio, estavam pizzas, hambúrgueres, espetinhos, macarrão instantâneo e sanduíches no pão de forma. O macarrão instantâneo era a opção mais barata e custava R$ 12. Os sanduíches de pão de forma variavam de R$ 28 a R$ 40. Já o hambúrguer era comprado por R$ 35 a R$ 55. Na Market Square, as opções eram mais caras, porém as opções eram bem variadas e gourmetizadas. Transporte aprovado Como ir ao The Town As linhas do metrô e da CPTM funcionaram 24 horas para atender o público. Opções de linhas especiais também ficaram disponíveis: o Trem Expresso The Town, com mais agilidade e comodidade até a chegada ao Autódromo; e o Ônibus The Town Express, com embarque e desembarque em terminais estratégicos da cidade de São Paulo. Alem da estação Autódromo, distante 850 metros do festival, a estação Cidade Dutra operou apenas para o evento. Era ainda mais perto: a 500 metros do portão G, mas com uso exclusivo para o trem expresso The Town. O que deu errado Distância dos palcos principais Quanto se caminha no The Town? Quem vai ao Rock in Rio está acostumado a espaços planos e a caminhadas não tão grandes para curtir a maioria das atrações e ativações. A organização tentou manter essa característica na primeira edição. A ideia era tornar o Autódromo de Interlagos mais plano e aproximar os palcos e áreas de lazer. Mas houve dificuldade para a locomoção, porque as ativações de marcas tiveram filas que prejudicaram a caminhada dos fãs. Desta vez, a ideia foi aumentar a distância dos dois palcos principais. Muitos fãs reclamaram: a distância do palco The One para o Skyline era de 1 km e durava cerca de 12 minutos. A organização explicou que a distância foi intencional para melhorar a qualidade dos serviços (como banheiros e bares) e gerir o grande fluxo de pessoas, ampliando o tempo de intervalo entre os shows. Palco Skyline O palco Skyline recebeu muitas críticas negativas do público na primeira edição. E elas se repetiram na segunda edição, porque pouco mudou na estrutura. A ausência de inclinação, a altura do palco e a presença de estruturas técnicas tapando a visão foram aspectos considerados pontos fracos do lugar onde se apresentaram as atrações mais famosas. Sem palco de eletrônica O palco New Dance Order trazia um line-up completo de eletrônica, mas agora não há mais várias atrações para quem curte este estilo. No lugar dele, foi criado a experiência The Tower, com dançarinos fazendo coreografias e um enorme “Dragão”. Só um DJ tocou em cada uma das cinco noites. A ideia de fazer uma espécie de evento de encerramento após o último show principal da noite foi aprovada por parte do público, mas é uma pena que um festival deste porte não tenha mais um espaço com várias atrações da eletrônica Uso de sinalizadores Público acende sinalizadores em show de Travis Scott O uso de sinalizadores correu solto no primeiro fim de semana, principalmente nos shows de trap. As imagens de luzes coloridas e fumaça no meio do público do festival chamaram atenção e dividiram opiniões: para alguns, é um elemento que torna inesquecível a experiência da plateia; para outros, trata-se de uma prática perigosa. O uso é proibido e o festival disse que tenta conter a entrada dos artefatos. Segundo o festival, "cerca de dois mil profissionais estão dedicados à segurança do The Town, além de drones e 95 câmeras espalhadas na Cidade da Música. A segurança do festival está atenta ao uso de sinalizadores nos shows e retira do evento quem estiver portando ou utilizando o dispositivo." Falta de espaços para descanso O público sentiu falta de lugares adequados para descansar entre os shows, especialmente fora da área principal do Skyline, onde havia grama. Muitos recorriam ao chão, já que a grama natural é mais escassa e a artificial no Skyline foi diminuída devido a problemas de circulação na primeira edição. A sugestão de puffs, redários ou outros espaços confortáveis foi feita. A organização sugeriu levar cangas para aproveitar os "morrinhos do autódromo" para descanso Poucas bebidas não alcoólicas Alguns fãs tiveram dificuldade em achar refrigerantes ou outras bebidas não alcoólicas, encontrando predominantemente opções alcoólicas. A organização garantiu que todos os bares possuem refrigerante e que existem vários pontos de hidratação gratuita espalhados pelo espaço.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/the-town/2025/noticia/2025/09/15/the-town-2025-o-que-deu-certo-e-o-que-deu-errado-na-estreia-do-festival-em-sao-paulo.ghtml


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