(Foto: Reprodução) Rapper alega que acusações foram uma 'conspiração' para prejudicar sua reputação e extorquir dinheiro. Mulher, que retirou o processo em fevereiro, disse que o fez por medo de ataques dos fãs do músico. Jay Z em 24 de novembro de 2024, em Washington
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Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, está processando a mulher que o acusou anonimamente de estupro. O rapper alega que Jane Doe (nome fictício) admitiu que a história era falsa e parte de uma "conspiração maligna" para extorquir dinheiro e prejudicar sua reputação.
No processo feito pelo rapper, os advogados de Jay-Z disseram que a mulher "admitiu voluntariamente, diretamente aos representantes do Sr. Carter, que a história apresentada ao mundo no tribunal e na televisão global era apenas isso: uma história falsa e maliciosa".
A mulher retirou sua acusação contra o músico em fevereiro. Segundo o jornal "The Guardian", em um novo depoimento, ela disse que foi abordada em casa por pessoas que se diziam da equipe de Jay-Z. Ela acrescentou que havia retirado seu processo original por medo do rapper e seus fãs. "Eu teria que ser publicamente nomeada e submetida a ataques públicos", justificou.
Na nova ação, Jay-Z nomeia tanto ela quanto seus advogados Tony Buzbee e David Fortney. O documento afirma que, após os danos à reputação de Jay-Z, sua empresa, Roc Nation, perdeu mais de US$ 20 milhões.
Buzbee, advogado da mulher, afirmou que o processo de Jay-Z não tem "nenhum mérito legal". Ele alega que as citações atribuídas a ela no novo processo foram "completamente inventadas, ou falaram com alguém que não é Jane Doe. Esta é apenas outra tentativa de intimidar e maltratar esta pobre mulher com a qual lidaremos no devido tempo".
Tony Buzbee já era alvo de um processo de Jay-Z, protocolado em dezembro de 2024. O advogado do Texas é responsável por uma série de acusações contra P. Diddy.
A acusação original
Em dezembro de 2024, Jane Doe alegou ter sido estuprada por Jay-Z e Sean Diddy Combs em 2000, quando ela tinha 13 anos. Na acusação, ela disse que o episódio aconteceu depois de uma festa da MTV Video Music Awards (VMA) em Nova York, nos Estados Unidos. Ela teria sido convidada por um motorista para uma festa e, ao chegar lá, teria assinado um documento que acreditava ser um acordo de confidencialidade.
Segundo o processo, a festa estava cheia de pessoas usando maconha e cocaína. A garota teria tomado uma bebida e se sentido "tonta, como se precisasse se deitar". Então, teria sido sexualmente violentada por Carter e Combs. Ambos os rappers negaram as alegações.
Em uma entrevista concedida à NBC News, a mulher disse que ela havia “cometido alguns erros” em suas alegações, mas sustentou que eram verdadeiras.
Em fevereiro, a mulher retirou sua acusação contra o músico. "O trauma que minha esposa, meus filhos, meus entes queridos e eu sofremos nunca poderá ser descartado", disse o rapper à época. "Que a verdade prevaleça para todas as vítimas e para aqueles falsamente acusados."